Uma idosa de 69
anos e a filha dela, de 25, foram presas nesta segunda-feira (30)
suspeitas de desviar valores superiores a R$ 200 mil da patroa. A vítima
é uma professora universitária aposentada, de 81 anos, que havia
contratado a suspeita como cuidadora, segundo explicou o delegado de
Defraudações e Falsificações de João Pessoa, Lucas Sá.
O crime foi
percebido por uma sobrinha da vítima, que tomou conhecimento de
negociações que a cuidadora estava fazendo com a professora. De acordo
com o delegado, a idosa que foi presa é suspeita de convencer a vítima a
abrir uma conta na Caixa Econômica Federal, fazer um cartão de crédito e
o entregar para ela. A vítima, mesmo debilitada, prestou depoimento e
informou que confiava nas suspeitas e que assinava vários documentos sem
ler.
Com isso, ela é
suspeita de antecipar valores da previdência privada da patroa, usar o
cartão de crédito dela para fazer compras pessoais e contratar
empréstimos de alto valor, sendo um deles de mais de R$ 100 mil. Como a
vítima mora sozinha e não tem filhos, a família demorou mais de seis
meses para perceber a fraude.
A jovem de 25
anos, que é estudante de Direito, era a principal beneficiada das
fraudes, uma vez que as transações bancárias eram feitas para a poupança
dela, conforme explicou o delegado. A agência bancária confirmou que as
contas estavam ativas e sendo movimentadas. Além disso, o banco vai
encaminhar para a Polícia Civil imagens das mulheres realizando
transações bancárias no nome da vítima.
As duas foram
presas em uma casa, no Jardim Cidade Universitária. Com elas, foram
apreendidos extratos bancários da vítima, comprovantes de transações
bancárias e um documento assinado pela professora autorizando a
antecipação do saque da previdência privada. Segundo Lucas Sá, elas
confessaram que se beneficiaram do dinheiro da patroa, mas que tudo
tinha sido feito com autorização dela e que os valores tinham sido
doados.
Elas foram
autuadas por estelionato qualificado, uma vez que a vítima é idosa, e
extorsão indireta. As duas podem pegar uma pena de até 12 anos de
prisão. Elas estão detidas na Central de Polícia, aguardando a audiência
de custódia.
A polícia ainda
vai investigar a informação de que, com o dinheiro da vítima, as
suspeitas compraram carros e casas. “Se, no decorrer das investigações,
isso for constatado, nós vamos pedir o bloqueio dos bens para diminuir o
prejuízo da vítima”, explicou Lucas Sá.
PrimeirasNotícias