A
presidente Dilma Rousseff fez uma saudação especial a vários grupos de
minorias sociais, como os LGBT, durante o início de seu discurso na
audiência pública que discute a democracia. O evento começou pouco antes
das 16 horas na Praça do Povo do Espaço Cultural, atendendo a um
requerimento do deputado estadual Jeová Campos (PSB), aprovado por
unanimidade na Assembleia Legislativa. Dilma ainda mencionou
especialmente a ativista Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro
Teixeira e agradeceu ao poder legislativo a oportunidade de falar sobre o
processo de impeachment que está respondendo.
"Estamos
vivendo um novo golpe. Neste, a presidente não está na cadeia. Agora, o
golpe se dá com a árvore da democracia repleta de parasitas. Eu não
tenho conta na Suíça, mas, dizem que eu editei decretos... de execução
diária do orçamento do nosso país.
São
crimes? Não. Tanto não são crimes que meus antecessores fizeram
decretos iguais. O ex-presidente Fernando Henrique editou de 20 a 30
decretos assim. Eu já havia feito no mandato passado, mas naquela época
não era crime. Falam também no Plano Safra, que é o governo ajudando a
agricultura.
O
que se passa é aquela cena dantesca, quando votaram a admissibilidade
do processo de impeachment. Todos falaram que era legítimo que se ame a
família, que goste dos agentes de seguro, mas não era legítimo que o
impeachment fosse baseado nesses dois fatores. Muito menos na situação
de que uma deputada vote pela honestidade de seu marido e no dia
seguinte ele fosse preso por corrupção. Esta cena que cercou o início do
processo de impeachment estarreceu o mundo inteiro e o colocou sob
suspeição", disse Dilma.
Ela
também se referiu a uma controvérsia local: a subtração de verbas
federais da conta do Estado. O dinheiro era destinado para a fase final
do Viaduto do Geisel.
"Dias
antes do impeachment, continuei a governar e transferi para o meu
parceiro principal, o governador Ricardo Coutinho, os recursos
necessários para o Viaduto do Geisel. Eram cerca de R$ 17 milhões. Estou
dizendo isso para todo o Brasil. Era para concluir a obra que está em
fase final, faltando 40% para o término.
Tirar
essa verba é um desrespeito à prática republicana que é governar para a
população. Isso é politicagem que o governante de plantão acha que é o
correto. Isto está na origem da corrupção e se chama patrimonialismo",
declarou.
Com informações do ParlamentoPB