O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira (23) na 31ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília. Um mandado de busca e apreensão está sendo cumprido na casa da senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba. Policiais federais também estão na sede do PT no Centro de São Paulo. O ex-ministro Carlos Gabas foi alvo de condução coercitiva.
A PF cumpre 65 mandados judiciais em São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Do total de
mandados, 11 são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de
condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento.
Leia abaix reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:
Em ação conjunta com o Ministério Público Federal e a
Receita, a Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (23) a Operação Custo
Brasil. O objetivo é apurar o pagamento de propina, proveniente de
contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100
milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários
públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão.
Os policiais federais estão cumprindos 11 mandados de
prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva
nos estados de São Paulo, do Paraná, Rio Grande do Sul, de Pernambuco e
no Distrito Federal, todos expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal em
São Paulo.
De acordo com nota divulgada pela PF, há "indícios de
que o ministério direcionou a contratação de uma empresa de prestação
de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito
consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com
bancos privados", interessados na concessão desse tipo de crédito.
O inquérito foi aberto em dezembro de 2015, após a
decisão do Supremo Tribunal Federal de que a documentação recolhida na
18ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Pixuleco 2, fosse
encaminhada para investigação em São Paulo.
De acordo com as investigações, 70% dos valores
recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a
funcionários públicos ou agentes públicos com influência no Ministério
do Planejamento por meio de outros contratos – fictícios ou simulados.
Os investigados responderão, de acordo com suas
ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a
12 anos de prisão.
Os presos e o material apreendido serão encaminhados à
sede da Polícia Federal em São Paulo. As pessoas conduzidas
coercitivamente são ouvidas nas instalações da PF mais próximas dos
locais em que forem encontradas.
A Polícia Federal dará uma entrevista, às 11h, no auditório da Superintendência Regional em São Paulo.
Brasil 247