A produção de silagem para ração animal em período de
prolongadas estiagens, aproveitando o desenvolvimento das plantas
forrageiras na época de chuva, está sendo estimulada pelo Governo do
Estado, numa ação coordenada pela Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater,
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca
(Sedap), que abrange todos os 223 municípios paraibanos.
Na região de Sousa, no Sertão, por exemplo, por
meio de parceria entre as prefeituras municipais e a Sedap, já foram
realizados inúmeros eventos visando a orientação dos criadores para esta
prática de armazenar ração animal, atendendo a 63 agricultores, com o
armazenamento de 2.939 toneladas de silagem.
A metodologia de silagem trabalhada pela Emater no
Dia de Campo foi a construção de silo de superfície utilizando uma
máquina trituradora acoplada em trator e lona plástica para o
processamento e armazenamento do material.
Ficou definido que a Emater de Vieirópolis atenderá
aos produtores do município que dispõe de milho, capim e sorgo para a
realização de silagem, garantindo que eles tenham a ração necessária
para a alimentação de seus rebanhos em período de prolongada estiagem,
segundo informou Assis Bernardino.
O extensionista acredita que essa alternativa de
convivência com o semiárido proporcionará uma alternativa importante
para garantir alimento de qualidade ao rebanho, com redução de custos de
produção, evitando gastos extras com a aquisição de ração no período
crítico para alimentar o rebanho.
Tipos de silo – Os mais utilizados
são dos tipos superfície ou trincheira. Cada um deles tem suas vantagens
e desvantagens referentes, principalmente, ao custo de construção,
facilidade de carregamento e descarregamento e eficiência na conservação
da silagem.
As técnicas de estocagem de forragem são muitas e
algumas já bem conhecidas no mundo rural, estratégia imprescindível para
manter a estabilidade produtiva dos rebanhos no semiárido.
Devido aos custos, também vem sendo praticada a
silagem em sacos plásticos, por ser uma opção barata, podendo-se
aproveitar sacos de adubo desde que sejam bem lavados e sem furos.
Outros sacos plásticos resistentes podem ser utilizados. A compactação é
feita com os pés ou bastões, e a vedação é feita amarrando-se a boca do
saco.
A silagem em saco não é uma técnica nova, mas é pouco
difundida, principalmente na Agricultura Familiar, sendo recomendada
como uma técnica alternativa para ser utilizada em agroecossistemas
familiares, devido sua praticidade.
Este tipo de ensilagem em saco consiste no
armazenamento do material forrageiro triturado e compactado em saco
plástico de capacidades variadas.
Secom-PB