Apresentador
do “Brasil Urgente – Londrina” na TV Tarobá, afiliada da Band no
Paraná, Cid Ribeiro foi alvo de ameaça de morte. Nesta quinta-feira, 2, o
site da Gazeta do Povo divulgou que um bilhete foi encontrado na casa
do pai do jornalista. Além da mensagem que manda o profissional parar de
“falar merda”, dois projéteis de bala estavam embrulhados no papel. De
acordo com a denúncia, a munição é de armamento de uso restrito da
polícia.
Em
seu espaço na internet, a direção da emissora afirma que o caso
envolvendo o comunicador expõe “ameaças desencadeadas após reportagens
feitas pelos jornalistas da TV Tarobá sobre o caso conhecido como
‘Chacina de Janeiro’”. Repercutido pelo canal, o caso culminou em 12
vítimas de homicídio e 16 pessoas baleadas – todas em Londrina e na
madrugada do dia 30 de janeiro de 2016. Na reportagem, a Gazeta do Povo
lembra que oito policiais chegaram a ser detidos sob suspeita de
participação nas mortes.
Alvo
da ameaça, Cid Ribeiro usou sua página no Facebook para mostrar o
conteúdo enviado pelos bandidos. Com a assinatura do “PCC”, sigla pela
qual é conhecida a organização criminosa que se denomina como Primeiro
Comando da Capital e que surgiu em São Paulo, o bilhete é direcionado ao
apresentador. “É só um aviso: ou para de falar merda sobre ruas ou vai
morrer toda sua família ‘boca aberta’”.
O
jornalista demonstrou que não ficou atemorizado com a situação e
definiu o ato criminoso como falha “forma covarde de tentar intimidar
acima de tudo o cidadão de bem”. Para ele, a situação representa
“atentado à liberdade de expressão”. Ele garantiu, ainda, que está
“tomando todas as providências necessárias para que os responsáveis
paguem com o rigor da lei”.
A Polícia Civil do Paraná limitou-se a dizer à reportagem da Gazeta do Povo que abriu inquérito e que está ouvindo testemunhas.