Para uma
mulher, viver sozinha pode ser uma absurda aventura em um mundo
predominantemente machista. Até mesmo questões simples, como a visita de
um técnico, podem se tornar um verdadeiro problema. Foi o que aconteceu
com a fotógrafa Juliana Barros, de Santos, que vem sofrendo assédio de
um técnico da NET após a visita deste ao seu apartamento.
O funcionário,
que se chama Alex, foi chamado para resolver um problema em sua
televisão no dia 27 de junho. Segundo o Uol, o técnico não teria
conseguido concluir a instalação durante a visita pois faltava um
adaptador para a marca Samsung. Ele teria deixado seu número de celular
para que a jovem o contatasse caso não encontrasse a peça. E, como teve
dificuldades para comprá-la, foi isso mesmo o que Juliana fez.
Ao responder,
Alex teria se comprometido a levar o adaptador e chamado a jovem de
“gata“ na mensagem. Como estranhou o fato, Juliana não teria deixado que
o técnico subisse ao seu apartamento para levar o adaptador, e foi
buscá-lo na portaria do edifício, por segurança.
Desde então,
ele vem enviando mensagens com conteúdo sexual e assediando a vítima
através do Whatsapp. Apesar do medo, ela contou a história através do
Facebook e resolveu registrar uma ocorrência na delegacia sobre o caso.
Em comunicado
oficial, a NET teria respondido que iria tomar todas as medidas cabíveis
para identificar e afastar funcionários que ajam em desacordo com o
código de conduta da empresa. Uma nova publicação de Juliana, realizada
no dia 26 de julho, informa que estas medias já estariam sendo tomadas,
apesar de não deixar claro quais seriam elas.
Este não é o
primeiro caso de assédio envolvendo funcionários da empresa, que foi
envolvida emoutra situação do gênero em 2015, quando um funcionário
entrou em contato com uma cliente após ter “ficado curioso com a sua
voz“. Na época, a NET se manifestou e o atendente foi desligado de suas
funções, mas casos de assédio continuam sendo comuns na empresa.
A empresa
disponibiliza um canal exclusivo para que os clientes possam relatar
situações de condutas inadequadas de seus funcionários, através do
e-mail conduta.net@net.com.br. Segundo a NET, todos os casos reportados
são apurados rigorosamente.
Mesmo assim, a
gente fica na dúvida: não seria mais fácil prevenir situações assim
antes mesmo de contratar os funcionários machistas?