Pela primeira vez, a presidente eleita Dilma Rousseff
revela, em uma entrevista exclusiva à revista francesa L´Express, que o
ex-presidente Lula não terá outra opção senão a de se candidatar à
presidência da República; "Esta é, certamente, a razão principal deste
golpe de Estado: impedir Lula de disputar a eleição presidencial. Hoje,
nas pesquisas – e apesar de todas as tentativas de destruir a sua imagem
– Lula continua a ser a pessoa mais querida. Eu posso dizer a você que
ele vai disputar a próxima eleição", afirmou.
247 – A presidente Dilma
Rousseff afirmou com convicção, pela primeira vez, que o ex-presidente
Lula será candidato à Presidência da República. "Eu posso dizer a você
que ele vai disputar a próxima eleição", declarou em entrevista à
revista francesa L´Express, sem especificar se isso ocorreria em 2018 ou
antes – até porque as circunstâncias são desconhecidas até mesmo para
Dilma.
"Esta é, certamente, a razão principal deste golpe de
Estado: impedir Lula de disputar a eleição presidencial. Hoje, nas
pesquisas – e apesar de todas as tentativas de destruir a sua imagem –
Lula continua a ser a pessoa mais querida. Eu posso dizer a você que ele
vai disputar a próxima eleição", disse Dilma à revista, cuja edição com
a entrevista foi publicada nesta quarta-feira 29.
Ao falar sobre o processo de impeachment, Dilma
apontou uma "profunda injustiça" na maneira como foi afastada do poder e
questionou: "do que estou sendo acusada?". Ela cita, então, que seu
"crime" foi ter editado decretos para obter recursos adicionais para
financiar programas sociais. "Isso não é crime! E eu não sou o primeiro
presidente a fazê-lo", protestou, lembrando que o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso editou 23 decretos similares.
Dilma também foi questionada sobre não saber de nada a
respeito do esquema de corrupção na Petrobras, uma vez que foi ministra
de Minas e Energia entre 2003 e 2005 e presidente do conselho de
administração da estatal entre 2003 e 2010. A presidente ressaltou, na
resposta, que um dos delatores da Lava Jato revelou que o esquema
ocorria desde 1972 e que "é muito difícil de controlar" o que se passa
em todas as negociações.
Faça aqui o download do arquivo da revista, em francês.
Brasil 247