Confesso
que estou ficando preocupado com a onda de corrupção que invade o país.
Basta uma investigaçãozinha de nada para se descobrir corrupto em
qualquer esfera . E o pior, tanto faz na política quanto fora. É
corrupto na política, na igreja, na rua, no mercadinho,no bar da
esquina, no açougue e na escola.
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O
dono do açougue vende 800 gramas por um quilo, o padre fica com o
dinheiro do santo, o pastor manda o fiel deixar o carro para Deus andar
nele, o rapaz do mercadinho aumenta o preço para ficar com a sobra, o
bancário bota a mão na conta corrente do cliente, no meio da rua se pede
esmola em nome da escola que jamais receberá a dádiva, o dono do bar
vende papuda dizendo que é cana da boa e o político, bem, este é o rato
maior, cobra propina, abre conta no exterior, emprega a família nos
melhores cargos e ainda desvia o dinheiro da merenda para merendar com
os seus.
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E
tem mais: nem o judiciário está a salvo. Os maus julgadores vendem
sentenças, praticam tráfico de influência e usam a toga para praticar
atos pouco republicanos, deixando os bons juízes, aqueles honestos e
dignos (que são muitos, graças a Deus),indignadose respingados em suas inatacáveis reputações com o lodo imundo dos que não honram a toga.
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O
passarinho cagão que sempre me interrompe nas minhas meditações acaba
de dar um voo rasante e, balançando as asas, diz que um figurão
integrante da cúpula de importante agremiação partidária paga a
funcionários de escritório particular com o dinheiro da dita cuja. Não
quis acreditar e por isso omito o nome citado. E o direi se esse
passarinho fuxiqueiro me apresentar provas insofismáveis.
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Aproxima-se
o fim do ano e o acesso ao Monte Carmelo, em Bananeiras, continua de
terra batida, com buracos e poeira recepcionando aos que se dirigem ao
local.
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Estou
pensando seriamente em encerrar definitivamente as atividades deste
blog e me dedicar exclusivamente a alinhavar livros que jamais
publicarei.
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São
inúmeras as incompreensões, as perseguições, as visitas inconvenientes
dos oficiais de justiça levando mandados judiciais de processos movidos
por pessoas que se acham no direito de processar jornalistas por não
aceitarem a crítica democrática e verdadeira.
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E eu estou passando da idade, não tenho mais estômago pra conviver com isso.
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E
agora lá se vão meus abraços sabadais para Heron Cid, Fabiano Gomes,
Luis Torres, Celio Alves, Elton Santana, Fábio Bernardo,Fábio Targino,
Diego Lima, Fernando Caldeira,Gutemberg Cardoso, Alex Filho, Petronio
Torres, Welliington Fodinha, João Costa, Zé Duarte,Marcos Marinho,
Agnaldo Almeida, Frutuoso Chaves, Chico Pinto, Edmilson Lucena, Miguezim
Lucena, Zé Euflávio, Edson Verber,Aécio Diniz, Rubens Nóbrega, Aldo
Lopes, Paulo Mariano,Sabrina Barbosa, Teócrito Leal, Abelardinho
Jurema,Gonzaga Rodrigues,Marcos Werick, Walter Santos, Maurilio Batista,
Vavá da Luz,Toinho Vicente, Fred Menezes,Geordie Filho, Luanna Brandão,
Antonio David, Josinaldo Malaquias e Zé Carlos Valaque.
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E agora, vamos rir até entupigaitar:
Luiz Nogueira foi o homem mais bruto que existiu na cidade de
Manaíra. Tão bruto que nem a filharada escapava da brutalidade. Zé, seu
filho menor, certo dia chegou para ele e deu a notícia:
-Pai, o relógio deu uma queda e ficou parado.
-E tu queria que ele saísse correndo, condenado? –respondeu, gentil como sempre.
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Jornalista
Toinho Vicente tomou uma carraspana meio pesada e perdeu-se num beco sem
saída existente no Mercado Central. Desnorteado, começou a fazer o
caminho de volta quando avistou um bêbado caminhando em sua direção.
-Quem vem lá? – indagou o destemido piancoense. O outro respondeu:
-É a puta que o pariu!”
Então Toinho, fazendo pose respeitosa, estirou-lhe a mão e pediu:
-A benção, mamãe!
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Pedro Nolasco era agente fiscal da Paraíba e gostava de beber
umas e outras. Numa dessas farras, ficou de porre, entrou no carro, saiu
em alta velocidade, bateu violentamente e morreu.
Ao seu velório compareceu muita gente, inclusive Arlindo Fanho,
bêbado que só uma cachorra. E por estar bêbado, decidiu fazer um
discurso se despedindo do amigo. E mandou ver:
-Pedro Nolasco, homem honesto, cobrador de imposto, raparigueiro, tomador de cachaça e cabra safado!”
Não terminou porque os parentes do morto, aos prantos, deram-lhe uma surra.
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Claro que meu concunhado Luiz jura ser
verdadeiro, mas acho que é invenção dele. Conta o marido de Tânia que um
primo dele, chamado Tadeu, foi à farmácia em busca de socorro, pois
estava emprenhando a mulher todos os anos. Deram-lhe camisinhas, ele as
levou, mas meses depois voltou à farmácia dizendo que a mulher estava
prenha de novo. Perguntaram como ele estava usando o preservativo e o
primo de Luiz contou que bebia com água antes do ato. Foi quando lhe
disseram que era para usar no pingolim. O primo de Luiz, então,
descobriu a novidade:
-Era por isso que eu estava cagando ensacado!”
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Um fiel aproxima-se do monsenhor Vicente Freitas, em Cajazeiras, com a mais atroz das dúvidas: