Após
serem presos nos Estados Unidos, um casal de empresários que estava
foragido há seis meses vai responder pelo crime de estelionato em
liberada. O alvará de soltura deles foi expedido nesta terça-feira (9)
pelo juiz Rodrigo Marques Silva Lima, mesmo magistrado que decretou a
prisão preventiva do casal. A informação é do delegado de Defraudações e
Falsificações de João Pessoa, Lucas Sá.
Mariana
Reis e Victor Lucena estavam sendo procurados desde fevereiro pela
Polícia Civil. Eles são suspeitos de vender pacotes de viagens falsos na
Paraíba. De acordo com as investigações, ela vinha agindo por cerca de
seis meses, causando um prejuízo financeiro às vítimas superior a R$ 1
milhão. O golpe era praticado na rede de agências de viagens da
suspeita, que funcionava em dois shoppings da capital e no bairro de
Tambauzinho.
Segundo
o delegado Lucas Sá, no dia 3 de agosto, os dois foram localizados e
presos em Miami, nos Estados Unidos. A prisão foi feita pela polícia
local com apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal
(Interpol).
“A
prisão se deu após seis meses de intenso contato feito pela DDF, que
passou a monitorar os suspeitos, em conjunto com o consulado
norte-americano de Recife, com a Interpol e com a Polícia de Miami. A
DDF conseguiu autorização judicial para que os suspeitos fossem
incluídos na lista vermelha de foragidos internacionais da Interpol”,
explicou o delegado.
Eles
só foram presos após o término do mês de julho por recomendações da
Interpol. Por terem dois filhos pequenos, apenas o suspeito foi preso e a
mulher passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica. A partir de
então, teve início o processo de deportação.
A
revogação da prisão preventiva foi feita em resposta a um recurso da
defesa dos empresários. A decisão foi tomada nesta terça-feira (9) pelo
juiz Rodrigo Marques Silva Lima, antes da conclusão do processo de
deportação e da chegada do casal ao Brasil, segundo o delegado.
Com
isso, eles devem voltar à Paraíba e responder ao processo em liberdade.
O casal tem que se apresentar mensalmente à Justiça para justificar
suas atividades e condutas. Eles também estão proibidos de se ausentar
de João Pessoa e devem entregar os passaportes à Justiça.
Entenda o caso
O
levantamento realizado pela DDF mostrou que a empresária se passava por
representante legal de uma empresa de cruzeiros marítimos de nível
internacional para praticar a fraude. Após a descoberta do golpe pelas
vítimas, a empresária fechou as agências de viagens que funcionavam em
João Pessoa e fugiu.