O
governo do presidente interino, Michel Temer, decidiu cortar
drasticamente o programa de investimentos federais em aviação regional
lançado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, reduzindo de 270 para
53 o número de aeroportos que passarão por obras de ampliação a partir
do próximo ano. Com isso, pelo menos um dos aeroportos que haviam sido
contemplados inicialmente pelo programa na Paraíba deve ficar de fora da
nova meta.
É o caso do aeroporto de Monteiro que
foi excluído, permanecendo apenas o de Campina Grande e o de Patos. Do
Nordeste, incluindo os da Paraíba, foram mantidos 17 aeródromos.
“Chegamos à conclusão de que não seriam necessários 270 aeroportos para
iniciar um programa realista que atenda aos Estados, à demanda e às
empresas”, disse à Folha o ministro de Transportes, Aviação Civil e
Portos, Maurício Quintella Lessa.
O plano de desenvolvimento da aviação
regional foi lançado no fim de 2012 pelo governo petista. A presidente
Dilma chegou a avaliar a possibilidade de fazer investimentos em cerca
de 800 pequenos e médios aeroportos, mas acabou reduzindo a lista
inicial para 270 unidades. O investimento estimado na época era de R$
7,3 bilhões, mas quase nada saiu do papel nestes quatro anos. Segundo
Quintella, a nova lista é “bem mais realista” e adequada à situação
financeira do governo federal.