O
jornalista Magno Martins, natural de Afogados da Ingazeira, irmão do
vereador Augusto Martins, aliado de Patriota, postou nesta sexta feira
05, uma nota em seu blog, acusando o prefeito afogadense de Coronel
Saruê, por ter indicado o artista Sandrinho Palmeira como seu pré
candidato a vice prefeito. Confira:
"Em
Afogados da Ingazeira, minha terra natal, na beira do rio Pajeú, a
figura patética do coronel Saruê, personagem interpretado por Antônio
Fagundes na novela Velho Chico, se encarnou de alma e espírito no
prefeito José Patriota, do PSB. O coronel Saruê do Pajeú tem um
ingrediente real, diferente do fictício da cidade imaginária Grotas de
São Francisco.
Ele
tipifica em gestos, atos, modo de discursar e até na adoção ao branco
das suas camisas o ex-governador Eduardo Campos. Em tudo, literalmente.
Como seu guru, que primeiro inventou Geraldo Julio no Recife e depois
Paulo Câmara, o Saruê pajeuzeiro também tem sua mais grotesca
invencionice: seu novo vice em sua chapa, que será oficializada hoje em
convenção.
Atende pelo
nome de Alessandro Palmeira, o Sandrinho, para os íntimos, que ocupou a
pasta de Cultura, a que promove shows na gestão municipal. Sua maior
virtude? Lealdade ao coronel, a quem bateu continência desde que foi
escolhido para o primeiro escalão. Diferente de tantos aliados que
ajudaram o Saruê do Pajeú a impor uma histórica derrota à Gisa Simões,
já falecida, em 2012, nunca disputou uma eleição, não tem voto e está
sendo alçado ao posto por uma questão muito especial.
É que o
coronel Saruê do Pajeú tem planos para disputar um mandato eletivo nas
eleições de 2018 e quer deixar na Prefeitura um boneco, para ser de fato
o prefeito, ou seja, quer ao mesmo tempo ser deputado e prefeito. Nunca
se viu tamanha ganância pelo poder em terras banhadas pelo emblemático
rio Pajeú, que embala de poesia o coração dos poetas e repentistas.
O Saruê da
novela Velho Chico é ardiloso e prepotente. Dono de muitas terras à
beira do Rio São Francisco, é um dos homens mais ricos da região, com
muita influência na política. O Saruê do Pajeú até que se apresentava
mais moderno, mas ao pisotear todas as lideranças que o ajudaram a
chegar ao poder, para implantar uma capitania hereditária em minha
terra, mostrou que o lema da sua política é o poder pelo poder a
qualquer custo.
Ganancioso, de ambições desenfreadas. O que lhe move é o coronelismo arcaico".