A previsão é do líder do PT, senador
Humberto Costa (PE), para quem a presidenta e toda a sua base política
estão mobilizadas e com esperança de obter os apoios que faltam para
impedir a aprovação do ato de força parlamentar.
“Tenho notado a presidenta muito
confiante e firme. A decisão de ir pessoalmente fazer a sua defesa não
poderia ter sido mais acertada e retrata com fidelidade a figura de uma
governante brava, honesta e que não cometeu nenhum crime. Tentamos ao
longo de todos essas dias convencer os senadores do absurdo que será,
caso aprovado, o impeachment. Infelizmente, a maioria está ali de caso
pensado e decisão tomada. Mas, não desanimamos e vamos brigar por mais
seis votos, até o fim”, esclarece Humberto.
Para o senador, a presença da presidenta
Dilma vai servir, também, para constranger senadores que eram do
governo até bem pouco tempo, ocupando cargos importantes de primeiro
escalão, e que mudaram de lado e passaram a apoiar o governo interino de
Michel Temer. É o caso de Jader Barbalho (PMDB-PA), pai de um
ex-ministro de Dilma, Edison Lobão (PMDB-AM), Eduardo Braga ( PMDB-AM) e
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), estes ex-ministros do governo
petista, todos depois eleitores do impeachment. O pernambucano Bezerra
Coelho é pai do atual ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra
Filho, também do PSB.
“A presidenta vai encarar esses
senadores com a serenidade de quem não teme porque não deve. Eles é que
terão que explicar a mudança de lado que não tem outro nome que não seja
traição”, afirmou o líder do PT.