Colocada contra a parede depois da acusação vazia
contra o ministro Dias Toffoli na semana passada, lida por setores do
Ministério Público como uma armação para enterrar a Lava Jato após o
golpe em parceria com o ministro Gilmar Mendes, a revista Veja agora
acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter se tornado
um "engavetador-geral"; segundo a publicação, Janot mandou triturar uma
delação que aponta 3% de propina para um operador de Aécio Neves
(PSDB-MG), a propina em espécie de José Serra, o caixa dois de Dilma
Rousseff e uma conta clandestina do ex-presidente Lula; e agora: o que
fará Janot?.
247 – No último fim de semana,
uma capa de Veja deu o que falar. A revista da Editora Abril colocou o
ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, na capa, sem que
houvesse qualquer razão jornalística para isso. O motivo era Toffoli ter
sido citado numa delação da OAS por um motivo banal: o executivo Léo
Pinheiro disse apenas que indicou uma empresa de reformas paga pelo
próprio ministro (saiba mais em Juristas detonam baixaria de Veja contra Toffoli).
A capa de Veja gerou uma reação imediata do ministro
Gilmar Mendes, que disse ser necessário conter os abusos do Ministério
Público. Resultado: imediatamente, a reportagem passou a ser lida, por
setores do próprio MP, como uma armação de Veja para encerrar a Lava
Jato, agora que um de seus objetivos – a derrubada da presidente Dilma
Rousseff – estaria prestes a se concretizar.
Colocada contra a parede, Veja tenta reagir com uma
nova capa neste fim de semana, que promete causar ainda mais polêmica. A
revista acusa Rodrigo Janot, que mandou triturar os primeiros capítulos
da pré-delação da OAS, de ter se tornado um novo engavetador-geral da
República.
Segundo a publicação, Janot mandou destruir uma
delação que aponta 3% de propina para um operador de Aécio Neves
(PSDB-MG), a propina em espécie de José Serra, o caixa dois de Dilma
Rousseff e uma conta clandestina do ex-presidente Lula.
O caso de Aécio, inclusive, já havia vazado e envolve
as obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais. O operador seria o
tesoureiro informal de Aécio, Oswaldo Borges da Costa (leia mais aqui).
E agora: o que fará Janot? Mandará colar os cacos da
delação da OAS e retomará os depoimentos de executivos da empreiteira ou
desempenhará o papel de engavetador?
Brasil 247