Seguindo a
orientação do Comando Nacional, o Sindicato dos Bancários da Paraíba
convocou os bancários de sua base para participarem de uma Assembleia
Geral Extraordinária, nesta quinta-feira, 1º de setembro, às 19h, na
Sede da Entidade (Av. Beira Rio, 3.100 – Tambauzinho). Em pauta, a
avaliação da proposta da Fenaban e deliberação pela aceitação ou
rejeição da mesma. Em caso de rejeição, a orientação é aprovar a
deflagração da greve por tempo indeterminado, a partir da zero hora
desta terça-feira, 6 de setembro.
Mais uma vez a Federação Nacional dos
Bancos se nega a oferecer uma proposta decente, que valorize os
bancários. Após quatro rodadas de negociação com o Comando Nacional dos
Bancários, a Fenaban propôs reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos
auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil.
A proposta da Fenaban não cobre, sequer,
a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e
representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário. Além de
rebaixada, a proposta não contempla emprego, saúde, segurança, igualdade
de oportunidades e demais reivindicações da categoria.
O Comando Nacional dos Bancários aprovou
um calendário de lutas e orienta as Federações e Sindicatos a convocar
assembleias de avaliação da proposta para o dia 1º de setembro, e caso
seja rejeitada, indicativo de greve a partir do dia 6, com assembleia
organizativa no dia 5 de setembro.
“Para o presidente do Sindicato dos
Bancários, Marcelo Alves, que é membro do Comando Nacional dos
Bancários, a proposta de reajuste é muito ruim. “Além de reduzir
salários, a proposta ressuscita o artifício do abono salarial, que é um
retrocesso. A orientação é rejeitar a proposta rebaixada e deflagrar a
greve. Queremos a reposição da inflação e ganho real, um modelo
consagrado há mais de doze anos de negociações, porque os lucros dos
bancos são suficientes para o atendimento às nossas reivindicações. Mas,
ante a falta de seriedade e a mesquinhez dos banqueiros, chegou a hora
de cada bancária e cada bancário mostrar a sua disposição para a luta.
Afinal, só a luta garante!”, concluiu.
Os eixos centrais da campanha são:
reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do
piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese
(R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às
metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais
segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é
prioridade na Campanha Nacional, assim como a proteção das empresas
públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
O lucro dos cinco maiores bancos (Itaú,
Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de
2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de
trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, mais de 34
mil empregos foram reduzidos pelos banqueiros.