A taxa aumentou em relação à registrada
no trimestre anterior, de março a maio, quando ficou em 11,2%, e em
comparação à relativa ao trimestre encerrado em agosto de 2015, que
atingiu 8,7%.
De junho a agosto deste ano, havia 12
milhões de desocupados no Brasil, de acordo com o IBGE. O número
representa uma alta de 5,1% sobre o trimestre de março a maio de 2016 e
de 36,6% diante do mesmo período de 2015.
Por outro lado, a população ocupada
somou 90,1 milhões. Em comparação ao trimestre anterior, o contingente
recuou 0,8% e em relação ao mesmo trimestre do ano passado, diminuiu
2,2%.
“O contingente de pessoas ocupadas
continua em queda em ambos os períodos de comparação. Nós voltamos ao
patamar de 2013. E em um ano, esse contingente perdeu cerca de 2 milhões
de trabalhadores”, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e
rendimento do IBGE.
Desse total, havia 34,2 milhões de
trabalhadores com carteira assinada. O número não mudou em relação ao
trimestre de março a maio de 2016. Já frente ao trimestre de junho a
agosto de 2015, a queda foi de 3,8%.
Segundo o coordenador, a perda da
carteira de trabalho assinada “foi o primeiro sinal que a crise
mostrou”. “E o que ela provoca? As pessoas que perderam emprego estavam
trabalhando por conta própria. A informalidade, que estava dando fôlego à
crise, meio que perdeu a força. Azeredo ressaltou que o trabalhador por
conta própria mostrou queda de 732 mil trabalhadores em relação ao
trimestre anterior. “E a agricultura, a indústria geral e a construção,
somados, perderam 483 mil pessoas [no trimestre].”
No trimestre encerrado em agosto, o
rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.011 e praticamente não
variou em nenhuma das comparações.