Ministro do Supremo Tribunal Federal faz críticas aos
integrantes da força-tarefa da Lava Jato, cujas ações vêm sendo
questionadas com mais força recentemente; "Sou cético quanto a
salvadores, sejam políticos ou promotores públicos. Como já se disse
antes, um país que precisa de salvadores não merece ser salvo", declarou
Gilmar Mendes, depois da prisão do ex-ministro Guido Mantega nesta
quinta-feira 22, enquanto acompanhava a esposa em cirurgia contra um
câncer; para ele, a medida foi "um tanto indevida"; ontem, o ministro já
havia dito que a prisão, que foi revogada horas depois, "constrangeu a
todos".
247 – O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Gilmar Mendes fez críticas aos integrantes da força-tarefa da Lava
Jato, que nesta quinta-feira 22 prendeu o ex-ministro Guido Mantega em
um hospital na capital paulista.
"Sou cético quanto a salvadores, sejam políticos ou
promotores públicos. Como já se disse antes, um país que precisa de
salvadores não merece ser salvo", declarou. Para Gilmar, a medida contra
Mantega foi "um tanto indevida", segundo a coluna da jornalista Sonia Racy.
A prisão do ex-ministro da Fazenda do governo Lula e
Dilma, após um depoimento do empresário Eike Batista, de que ele teria
pedido uma colaboração de R$ 5 milhões para o PT, sem qualquer
contrapartida com contratos da Petrobras, foi duramente questionada por
vários juristas.
Ontem, Gilmar Mendes já havia dito
que a prisão, que foi revogada pelo juiz Sérgio Moro horas depois,
"constrangeu a todos". Quando foi abordado pela equipe da Polícia
Federal, no âmbito da 34ª fase da Operação Lava Jato, Mantega
acompanhava a esposa em cirurgia contra um câncer.
Gilmar lembrou ainda que há hoje no País 700 mil
pessoas presas, metade delas por ordem provisória, e que isso é muito
grave e injusto. "Se eu tivesse autoridade e alguma missão, eu começaria
por uma reforma na Justiça criminal", afirmou, destacando, porém, a
importância da Lava Jato.
Brasil 247