O jornal O
Estado de São Paulo repercute, neste sábado, os efeitos sobre a família
Motta da ação realizada no dia anterior pela Polícia Federal no Sertão
paraibano.
Leia abaixo, trechos da reportagem.
A Polícia
Federal na Paraíba prendeu preventivamente nesta sexta-feira, 9, a mãe
do deputado federal Hugo Motta (PMDB), Illana Motta (PMDB), e mandou
afastar do cargo de prefeita de Patos, no sertão do Estado, a avó do
deputado, Francisca Motta.
A ação contra a
família do ex-presidente da CPI da Petrobras e um dos principais
aliados de Eduardo Cunha (PMDB) é parte da Operação Veiculação.
As fraudes
envolvem mais de R$ 11 milhões em recursos aplicados em ações dos
Programas de Transporte Escolar (PNATE), Fundeb, Pró-Jovem Trabalhador e
Bloco de Média e Alta Complexidade (Saúde).
Iniciada pelo
Ministério Público Federal, em 2015, a investigação que deu origem à
prisão da mãe do deputado apura irregularidades em licitações e
contratos públicos, em especial o direcionamento de procedimentos
licitatórios e superfaturamento de contratos de serviços de locação de
veículos.
Illana é chefe
de gabinete da prefeita, sua mãe. Os alvos da investigação são contratos
assinados pelas prefeituras municipais de Patos, Emas e São José de
Espinharas, todas no sertão da Paraíba.
Os prefeitos
dos três municípios foram afastados cautelarmente dos cargos e dois
deles foram presos temporariamente. As câmaras municipais serão
oficiadas da decisão, para dar posse aos substitutos legais.
A Prefeitura de
Patos informou que ainda não foi notificada do afastamento da prefeita,
mas adiantou que vai recorrer da decisão.
Em nota, o assessor jurídico do município, Jackson Lucena, disse que a prisão de Illana Motta é arbitrária.
Ele afirmou que
a chefe de gabinete “nunca se furtou em prestar esclarecimentos, em
comparecer a qualquer órgão investigativo, contribuindo com a elucidação
de qualquer dúvida, quando convidada”.
“É servidora
efetiva licenciada do Tribunal Regional do Trabalho, possui residência
fixa, dá expediente diariamente em seu local de trabalho e é de fácil
acesso a toda a população, não oferecendo risco algum ao curso de
qualquer investigação”, declarou.
*fonte: estadão