Não
sei se vocês notaram, mas todos aqueles que se empenharam pela cassação
de Dilma Roussef estão recebendo um troco pesado. Todo dia sai notícia
de deputado que votou pela cassação sendo preso ou flagrado com a boca
na botija. Aqui na Paraíba, o primeiro a receber a lapada foi Hugo
Mota.Teve a mãe presa, o padrasto preso, o pai impugnado e a avó
afastada da Prefeitura de Patos.
O castigo está chegando a cavalo.
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No
palanque de determinado candidato a prefeito de determinada cidade do
sertão paraibano o slogan é: “Aqui está o povo das mãos limpas”.Quando
se identifica o povo, avista-se dois ex-prefeitos cassados por
corrupção, um prefeito afastado e processado por desvio de dinheiro
público e um ex-secretário igualmente preso por corrupção disputando um
mandato de vereador, entre outras coisas.
Imagine se mudassem o slogan para mãos sujas.
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Grande notícia que saiu no Maispb do meu amigo Heron Cid:
“O
coração da cantora Marília Mendonça, fenômeno da música sertaneja
brasileira, já tem dono. E é de um paraibano. Trata-se do empresário da
ramo de entretenimento Yugnir Ângelo, sobrinho da esposa do jogador
Hulk.”
Por
isso não, que o tocador de sanfone Nequinho da Tabaca da Burra acaba de
doar seu coração para Zefa do Tabaco Quente e ambos os dois andam
pregadinhos que só catarro em parede.
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A
greve dos bancários é de uma sacanagem sem limites. Os trinta por cento
de bancários que deveriam estar a postos, sumirm.Os envelopes para o
cliente depositar dinheiro, sumiram. As opções de depósitos nos caixas
eletrônicos, sumiram.
Só não some o salário dos grevistas.
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O
deputado Manoel Júnior emprestou sua voz para o guia eleitoral de
Cartaxo. Nas inserções do prefeito, só se ouve a voz de Manoel, que é
deputado federal e está tomando o emprego de um profissional de
comunicação.
O Sindicato dos Jornalistas deveria ver isso.
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Oxente, e lesma não é um bichinho inocente, que não faz mal a ninguém?
E
agora lá se vão meus abraços sabadais para Biu da Câmara, Felipe
Silvino, Francisco das Chagas Oliveira, Francisco Muniz,Marco Ventura,
Nadja Palitot, Nena Martins, Monica Barros, Tonha Henriques, Marcia
Lucena, Silvia Almeida, Glauce Burity, Carmen Franca,Lucia Braga, Fatima
Ventura, Cida Ramos,Gilmar Aureliano,Antonio Giovani, Clodoaldo Araujo,
Humberto Lira e Cristiano Machado.
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De Vilas Boa Correia:
O irreverente, malicioso e
abundante folclore político do Rio Grande do Norte ─ dos mais ricos que
conheço ─ registra venerando caso, contado e repetido com todos os
pormenores da veracidade, desde nome, o dia, hora e local, envolvendo
magistrado de reputação ilibada, conhecido como modelo de honradez,
severidade, biografia exemplar na vida pública e no recato da
austeridade doméstica. Casado com senhora de
virtudes celebradas, com prole numerosa e alguns netos alegrando a casa,
pautava sua rotina com regularidade tão precisa quanto cronômetro
suíço. Morava em Natal, em casa ampla, com jardim e pomar, na praça
principal. Do outro lado, o edifício do Palácio da Justiça, com as
marcas do tempo, sinais da imponência castigada pelas paredes
desbotadas, escadaria com degraus gastos. Podia-se acertar o
relógio: à mesma hora, de segunda à sexta-feira, o desembargador
atravessava a praça, em passo cadenciado, impecável no terno completo, o
indispensável colete, o relógio no bolso, a corrente de ouro presa na
casa do botão, tocava a aba do chapéu no cumprimento amável aos
conhecidos e desaparecia no palácio da Justiça. Ao final do expediente,
com o acréscimo de minutos para arrumar as gavetas, refazia o
itinerário. Mas, lá uma tarde, na
quentura do verão nordestino, o desembargador regressou à casa, na forma
do costume, dirigiu-se ao quarto, seguido da esposa, para trocar o
terno pela simplicidade das roupas mais leves e usadas. Distraído,
enquanto relatava as maçadas do dia, sacou o paletó, desfez o laço da
gravata, despiu o colete e arriou o suspensório para livrar-se das
calças. A mulher, despejou a surpresa na irritação da pergunta, a exigir explicação imediata: -Horácio, onde você esqueceu a cueca? Pilhado em flagrante, o desembargador improvisou a saída na indignação, botou a boca no mundo, atroando aos berros: -Ladrões! Roubaram a minha cueca! Investigações minuciosas desvendaram, em suas minúcias e fofocas, o romance do exemplar magistrado com a sua secretária.