O baixo
volume de armazenamento do açude de Coremas, que conta com apenas 2,8%
de capacidade, ou 16,8 milhões de metros cúbicos (m³) do total de 591,6
milhões de m³, vai fazer com que o manancial tenha a vazão de água
suspensa até o fim deste mês. Com isso, o abastecimento em 26 municípios
da Paraíba e quatro do Rio Grande do Norte vai ser feito exclusivamente
pelo açude Mãe d´Água.
Segundo o presidente da Agência
Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João
Fernandes, a suspensão do fornecimento de águia via Coremas vai
acontecer quando o manancial chegar aos 15 milhões de m³, volume limite
para que a água seja captada por gravidade.
Com a suspensão, o abastecimento da
bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu será realizada pelo açude de Mãe
d´Água, que conta com 57,6 milhões de m³, ou 10,2% de sua capacidade
total, que é de 567,9 milhões de m³.
“Atualmente são retirados 500 litros por
segundo de Coremas e 2 mil litros por segundo de Mãe d´Água. Com a
suspensão, vamos aumentar a vazão no açude Mãe d´Água para suprir a
necessidade. Estávamos poupando Mãe d´Água e evitando retirar muito de
sua água. É uma ação que havia sido pensada e planejada anteriormente
tanto pela Aesa quanto pela Agência Nacional de Águas (ANA) e que não
vai causar problemas para a população”, afirmou João Fernandes.
Ainda segundo o presidente da Aesa, os
15 milhões de m³ que vão permanecer em Coremas só poderiam ser retirados
através de um sistema de captação flutuante, que é considerado caro e
de utilização apenas em extrema necessidade.
“A nossa expectativa é de que, caso não
chova, Mãe d´Água possa ter água até abril de 2017. Se não chover,
medidas deveram ser tomadas porque todo o abastecimento estaria
prejudicado. Até por conta disso, estaremos indo a Brasília para
pressionar o governo federal a concluir as obras da transposição, que
vão amenizar a falta de água no nosso estado”, concluiu João Fernandes.