Todas as mulheres com idade a partir dos 40 anos têm
direito à mamografia e ao exame citopatológico do colo uterino pagos
pelo Sistema Único de Saúde em todo o território nacional. A informação
foi ressaltada pela diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância
Sanitária da Paraíba (Agevisa/PB), Glaciane Mendes, durante o programa
“Momento Agevisa”, que vai ao ar todas as quintas-feiras, entre as 6h e
7h da manhã, dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara
(AM 1.110 e FM 105.5). Esse direito, segundo ela, está assegurado pela
Lei Federal nº 11.664, de 29 de abril de 2008.
Durante todo este mês de outubro a Agevisa/PB
está dedicando o programa à prestação de informações sobre o câncer de
mama e outros tipos de problemas afins que comprometem a segurança da
saúde feminina e também de uma parcela da população masculina. A ação
faz parte da Campanha “Outubro Rosa”, iniciada pelo Governo do Estado no
dia 3 de outubro.
Glaciane Mendes observou que a Lei 11.664/2008, em
seu artigo 2º, determina que o Sistema Único de Saúde, por meio dos seus
serviços, sejam eles próprios, conveniados ou contratados, assegure a
assistência integral à saúde da mulher, incluindo amplo trabalho
informativo e educativo sobre a prevenção, a detecção, o tratamento e
controle (ou seguimento pós-tratamento) dos cânceres do colo uterino e
de mama.
O exame mamográfico, conforme ressaltou, é garantido a
todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Já o exame
citopatológico do colo uterino é assegurado a todas as mulheres que já
tenham iniciado sua vida sexual, independentemente da idade.
“A Lei nº 11.664/2008 assegura também o
encaminhamento a serviços de maior complexidade das mulheres cujos
exames citopatológicos ou mamográficos ou cuja observação clínica
indicarem a necessidade de complementação diagnóstica, tratamento e
acompanhamento pós-tratamento que não puderem ser realizados na unidade
que prestou o atendimento inicial”, acrescentou da diretora.
Importância da informação – “Dada à
gravidade da questão relacionada ao câncer de mama (que responde por 25%
dos novos casos de câncer a cada ano) e ao câncer do colo de útero (que
é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta
causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo dados do
Instituto Nacional do Câncer), é importante que as pessoas sejam
devidamente informadas, não somente sobre a importância da prevenção,
mas também sobre onde buscar apoio institucional e tratamento, e, ainda,
sobre os instrumentos legais que asseguram o direito de acesso ao
atendimento especializado, tanto médico quanto laboratorial”, ressaltou
Glaciane Mendes.
Na Paraíba, segundo ela, a preocupação do Governo com
o problema não se limita à Campanha “Outubro Rosa”, mas tem caráter
permanente, dada a consciência de que a prevenção é o melhor remédio,
pois evita que um número cada vez maior de mulheres seja atingido por
doenças graves que podem levar à morte se descobertas já em estado médio
ou avançado, mas que podem ser perfeitamente evitadas.
Para diminuir o risco de desenvolver câncer de mama,
Glaciane Mendes disse ser importante controlar o peso corporal e evitar a
obesidade (por meio da alimentação saudável e da prática regular de
exercícios físicos) e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Ela
lembrou que a amamentação também é considerada um elemento protetor.
Quanto ao câncer de colo do útero, ela observou que a
prevenção primária (uso da camisinha) é importante para diminuir o
risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV), cuja transmissão da
infecção ocorre por via sexual, e disse que os principais fatores de
risco estão ligados ao início precoce da atividade sexual, a múltiplos
parceiros e ao uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
Secom-PB