Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre (RS),
nesta quinta-feira 13, a presidente afastada Dilma Rousseff criticou
duramente a PEC 241, simbolizada na fala do deputado Nelson Marquezelli
(PTB-SP), que disse que "quem não tem dinheiro, não estuda"; "Ao
contrário do que disse aquela liderança do governo, que quem não tem
dinheiro não tem que ter educação, quem não tem dinheiro tem que ter
educação de qualidade, para que o País possa crescer", rebateu Dilma;
para ela, caso seja aprovada a PEC que congela os gastos públicos por 20
anos, "vai ser um retrocesso grave para o Brasil".
A presidente afastada Dilma Rousseff bateu duro
contra a PEC 241, que congela por 20 anos os gastos públicos do País,
durante entrevista concedida nesta quinta-feira 13 à Rádio Guaíba, do
Rio Grande do Sul.
Dilma rebateu a fala do deputado Nelson Marquezelli
(PTB-SP), que disse que "quem não tem dinheiro, não estuda". "Ao
contrário do que disse aquela liderança do governo, que quem não tem
dinheiro não tem que ter educação, quem não tem dinheiro tem que ter
educação de qualidade, para que o País possa crescer", afirmou Dilma.
Para ela, caso seja aprovada a PEC do governo Temer,
"vai ser um retrocesso grave para o Brasil". Ela ressaltou ainda que
haverá "consequências gravíssimas" com a aprovação da proposta. "Não tem
gasto a mais na Educação, não tem gastança. Nós gastamos menos do que
na Argentina ou no Uruguai, por exemplo, em termos proporcionais",
contestou Dilma sobre o discurso governista.
Ela destacou que "todo o esforço" feito nos últimos
13 anos pelos governos do PT de incluir milhões de pessoas e de fazer
com que essas pessoas mudem de vida através da renda, necessita de
investimento, uma vez que essas pessoas "precisam ter uma melhoria na
educação para ter esse ganho de renda permanente".
"Da forma como ela está, vai se transformar na PEC do
Mal, na PEC contra os pobres. Porque ela é uma PEC que pretende durar
20 anos. Então em 2036 ainda vai promover seus efeitos. Então os
investimentos nas áreas de saúde e educação vão cair progressivamente em
relação ao crescimento da economia, do PIB, pelos próximos 20 anos. O
gasto per capita também vai cair, pois a população vai aumentar em 20
milhões nesse período. E também nas outras áreas, Cultura, Direitos
Humanos… os recursos minguarão", acrescentou.
Brasil 247