Jornal Valor Econômico, da Globo, perde os pruridos
em relação ao Palácio do Planalto e já fala até em "esquema Temer"; "A
prisão do ex-deputado Eduardo Cunha leva as investigações para o centro
do esquema de poder do PMDB da Câmara. Nunca antes o juiz Sergio Moro
esteve tão próximo do grupo, cuja figura mais proeminente é o presidente
da República, Michel Temer", diz o texto do jornalista Raymundo Costa.
Eduardo Cunha pode ajudar a desvendar o "esquema
Temer". É o que aponta o jornalista Raymundo Costa, principal colunista
político do Valor Econômico, em artigo publicado nesta quinta-feira.
"A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha leva as
investigações para o centro do esquema de poder do PMDB da Câmara. Nunca
antes o juiz Sergio Moro esteve tão próximo do grupo, cuja figura mais
proeminente é o presidente da República, Michel Temer", diz ele.
"Cunha é um integrante tardio do grupo de Michel
Temer, formado, entre outros, por Moreira Franco, o secretário-executivo
do Programa de Parcerias e Investimento (PPI), Eliseu Padilha e Geddel
Vieira Lima, ministros da Casa Civil e da Secretaria de Governo,
respectivamente, e pelo ex-ministro Henrique Eduardo Alves, já saído do
governo. Tardio mas não lateral."
"Diante da proximidade e da convivência do
ex-deputado com o grupo, é natural a onda de especulações sobre os danos
que o ex-deputado pode causar ao governo Temer, se vier a fazer um
acordo de delação premiada com a Justiça Federal. Em se tratando de
Cunha, a inquietação não deve atingir apenas a cúpula do PMDB, hoje no
comando do país. Ela é apenas a parte mais importante. Há mais de uma
dezena de parlamentares que deve perder o sono com essa possibilidade."